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Cláudia Lima Carvalho

Cláudia Lima Carvalho

Articles (170)

Nuno Castro: “Se eu estivesse em Lisboa já tinha uma estrela de certeza absoluta”

Nuno Castro: “Se eu estivesse em Lisboa já tinha uma estrela de certeza absoluta”

A energia é contagiante, a cabeça fervilhante. As ideias sucedem-se e a conversa prolonga-se. É assim sempre e com todos. Nuno Castro vive para isto e esse talvez seja o segredo do sucesso do Fava Tonka, restaurante que abriu há cinco anos, paredes meias com o Esquina do Avesso, do mesmo grupo e onde antes estava na cozinha. Com uma taxa de desperdício mínima, não impõe limites à criatividade. Entrega-se nas mãos dos produtores, responde à época, sem nunca cair no óbvio. É assim que nascem pratos como os cogumelos eringy “à Bairrada”, com folhas verdes e fermento tostado (15€) ou a melancia com emulsão de algas e kimchi nas sobremesas (7€). O gaspacho com legumes da horta e tosta de queijo da ilha (14€) mantém-se o prato estrela – aparentemente simples, até Nuno deslindar o processo. Em cima da mesa, está agora um menu de degustação, a “piscar o olho” ao Guia Michelin. Sem apontar o dedo a ninguém, o chef não esconde, porém, o caminho por vezes solitário que tem percorrido – porque trabalha uma cozinha vegetariana, porque está fora do circuito turístico e até mediático. No final do ano, abrirá um novo Fava Tonka no Time Out Market do Porto.  Cinco anos depois, o Fava Tonka está onde imaginaste que estaria? Metade de mim acredita que sim, outra metade acha que [o restaurante] podia estar mais além. Há cinco anos, eu acreditava, mas não sentia essa força do lado do cliente. Por mim, tinha aberto este conceito em 2017, o meu sócio disse que era um bocado prematuro e, então, arra

Quatro pratos novos para provar no Pica-Pau

Quatro pratos novos para provar no Pica-Pau

Quando as novidades pareciam ir para um lado, Luís Gaspar virou para outro e abriu um restaurante de comida tradicional. Ainda assim, não deixou de lhe dar um toque contemporâneo. Um ano depois, não há dia em que o Pica-Pau não esteja concorrido, provando que a aposta em bons pratos de conforto, seguindo os mandamentos de Maria de Lourdes Modesto, estava certa. Os pratos fixos do dia, bandeira do restaurante, servidos tanto ao almoço como ao jantar, mantêm-se, mas foram renovados, tal como parte da carta, sem que se tenham perdido o arroz de cabidela (14€) – servido sempre à sexta-feira –, os pastéis de bacalhau (6€/duas unidades), os rissóis de leitão (6€/duas unidades), o pica-pau do lombo (19€) ou o polvo à lagareiro com batata à murro e cebolada de pimentos assados (19€). Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Marcelo Oliveira, a cereja no topo do bolo

Marcelo Oliveira, a cereja no topo do bolo

Chef ou cozinheiro?Cozinheiro.  Actividade favorita quando não estás a cozinhar?Tocar bateria.  O melhor prato tipicamente português?Bifanas, sempre.  Livro de cozinha favorito?Tem um livro do Maní, da Helena Rizzo, que é maravilhoso. É um dos que mais gostei de ler. É óptimo. Eu admiro muito ela.  Se tiveres amigos de fora em Lisboa, onde é que os levas a jantar?Taberna Sal Grosso, gosto muito. Se só pudesses comer uma coisa, qual é que seria?Bolinho de polvilho da minha avó, que é maravilhoso. O que não suportas comer?Estou tentando me lembrar, mas acho difícil. A comida ruim, pronto. Para quem gostarias de cozinhar?No exacto momento, para a minha avó que não vou visitar faz dois anos. E o que prepararias?Um cozido que ela faz. É como se fosse um cozido à portuguesa só que abrasileirado, do jeito dela. Ela coloca banana-da-terra, batata-doce, e faz um pirão com o caldo do cozido. É maravilhoso. Sempre que vou lá a gente tenta fazer esse prato juntos e eu gosto bastante. O melhor restaurante em Lisboa para um encontro romântico?CAV 86 [risos].  Qual foi o prato que mais dores de cabeça te deu?Esse último do cardápio. A gente alterou quatro vezes. É um prato de cavala e eu acho que ainda não está lá. Está dando muito trabalho. Começou por uma tosta, depois virou uma salada, depois um prato de tomates com cavala, agora voltou a ser uma panzanella com arroz de tomate. Confuso, mas é gostoso. Programa de culinária favorito?Faz tempo que não assisto a nada.  Palavrão favorito qua

Dez livros de cozinha acabados de sair do forno

Dez livros de cozinha acabados de sair do forno

Os olhos também comem – e não é pouco. Pensemos na quantidade de decisões que tomamos depois de vermos alguma coisa que nos deixa com água na boca. Do restaurante a que vamos porque não resistimos a uma fotografia no Instagram à receita que decidimos fazer porque a vimos num livro de cozinha. E estes são cada vez mais. Com o interesse crescente na gastronomia e nos chefs, aumentou também o apetite por livros de cozinha. Aventure-se na cozinha com receitas que nunca ousou fazer, saiba onde comer bem e pagar pouco, aprenda sobre vinhos e a nossa gastronomia com estes livros, todos eles editados nos últimos meses. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Tudo o que precisa de saber sobre a nova edição do Chefs on Fire

Tudo o que precisa de saber sobre a nova edição do Chefs on Fire

À quinta edição, o Chefs on Fire continua a crescer, em dias e em tamanho. O festival gastronómico dedicado à cozinha de fogo acontece já esta semana e, pela primeira vez, tem três dias. Mantém-se na Fiartil, no Estoril, mas o recinto vai ter novidades. É preciso acompanhar o sucesso das últimas edições e responder às necessidades do público, sem que com isso se perca a mística e o intimismo, que Gonçalo Castel-Branco, o seu fundador, tanto defende. O programa, esse, continua fiel ao que sempre tem sido, um encontro de gerações e cozinhas, entre chefs com estrelas Michelin e uma nova geração que começa a dar que falar. Nos pratos, o difícil pode ser escolher. Todos eles cozinhados no fogo, das mais variadas formas, dividem-se entre carne, peixe e vegetariano – e até mesmo as sobremesas passam pelas brasas. Na música, a aposta deste ano vai para nomes como Pedro Mafama, Nena, Tiago Bettencourt, A Garota Não ou Deixem o Pimba em Paz. Os bilhetes para o festival estão à venda e também aí há novidades. Há um passe de três dias que custa 200€ e que inclui 15 doses de comida e dez bebidas e um bilhete diário com o preço de 75€ com cinco doses de comida e duas bebidas, além obviamente do acesso aos concertos. Para as crianças, entre os seis e os 12, a entrada tem o custo de 20€ com acesso à zona kids onde poderão comer livremente. + O caminho para o Chefs on Fire

Restaurantes com estrela Michelin em Lisboa

Restaurantes com estrela Michelin em Lisboa

De portas abertas há menos de um ano em Lisboa, o Encanto de José Avillez e o Kabuki, que tem na cozinha o chef Paulo Alves, conquistaram a primeira estrela Michelin. Distinção também entregue ao Kanazawa de Paulo Morais, em Algés, ao Euskalduna Studio de Vasco Coelho Santos, e ao Le Monument do francês Julien Montbabut, ambos no Porto. A boa notícia é que nenhum dos anteriores perdeu a estrela. No total há agora 16 restaurantes com estrelas Michelin em Lisboa (e aqui mesmo ao lado). Na gala deste ano, que aconteceu em Toledo, foi ainda anunciado que a partir de 2023, Espanha e Portugal terão eventos separados. Em 2024, chegará o Guia exclusivo dedicado a Portugal, um desejo antigo no sector.  Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa

There’s a party in town and everyone’s eating

There’s a party in town and everyone’s eating

What do a financial adviser, a CEO of a technology company, a product manager, a theatre director, a hotel manager, a lawyer, a wine producer and a director of a media agency do around the dinner table? The question has no catch and neither is it a riddle. It happened last February and there’s yet more to come, with the same intriguing cast of characters and more, all with a job to do, but always with a common passion: good food. What they also have in common is the red shirt that defines and unites them: the Casacas Rojas or Red Coats. Although everyone is welcome, entry is restricted, to ensure that what goes down, most times never-to-be-repeated, is exceptional - like the time chef João Rodrigues dropped in to prepare a one-off menu at Palácio do Grilo, in Beato. It’s not by chance the name is Spanish, as it’s from there that the idea hails, and where the Casacas Rojas have existed for more than a decade. “It all began with a group of friends in Barcelona almost 17 years ago who decided to pay homage to Ferran Adrià and El Bulli [for years considered the best restaurant in the world and which closed at the peak of its popularity, with three Michelin stars],” says Eurico Nobre, the man responsible for bringing the project to Portugal. “Basically, they made a documentary about how the cuisine of El Bulli, a small restaurant on a small street in Girona, had spread its influence throughout Catalonia. And so it occurred to us that such a great idea could literally go places.” E

Os melhores vinhos para o Verão (alguns a preços convidativos)

Os melhores vinhos para o Verão (alguns a preços convidativos)

Um bom vinho pode fazer toda a diferença numa refeição, seja ela mais simples ou ousada. Com a escolha certa, tudo sabe melhor, mesmo que só queira beber um copo ao final do dia. Mas como escolher um vinho quando a oferta é tanta? Como saber qual é o mais indicado para os dias quentes de Verão? Branco ou tinto? Rosé ou espumante? Não é fácil, mas perguntámos a quem percebe da poda, a quem já passa os seus dias a sugerir-nos o que beber. De restaurantes com estrelas Michelin, como o 100 Maneiras de Ljubomir Stanisic ou o Alma de Henrique Sá Pessoa, a espaços mais descontraídos, como o Viagem das Horas, são eles que nos fazem viajar com um copo. E são eles agora que nos sugerem os melhores vinhos para beber nestes dias quentes.  *Os preços são indicativos Recomendado: Petiscar à portuguesa, é com vinho, com certeza

Os melhores restaurantes de peixe em Lisboa

Os melhores restaurantes de peixe em Lisboa

Restaurantes de peixe em Lisboa? A resposta mais imediata talvez aponte para as mesas à beira‑mar aqui ao lado (e também aqui estão), mas também na cidade se come bom peixe fresco, na grelha ou no tacho. Seja em restaurantes em que as bancas se parecem às dos mercados, carregadas de peixes; seja nos mais tradicionais, em que o peixe também faz parte dos pratos do dia. Nestes restaurantes de peixe em Lisboa e nos arredores há boas esplanadas (algumas para comer com o pé na areia), mas acima de tudo peixe sempre fresco.  Recomendado: As novas esplanadas em Lisboa para o Verão  

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora do dia, do pequeno-almoço ao jantar, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não se deixe sentir desactualizado e marque já uma mesa – é só escolher o que mais lhe apetece hoje. Recomendado: Os melhores novos brunches em Lisboa

Quatro brunches com direito a mergulhos na piscina

Quatro brunches com direito a mergulhos na piscina

Nem só de mar se fazem os melhores sonhos de Verão. Teremos sempre as praias, onde nos pomos em menos de nada, da linha de Cascais a Sintra, sem esquecer, claro está, os areais da Costa da Caparica, mas nem sempre são esses os mergulhos que nos apetece dar. Felizmente, temos hotéis que, assim que chega o Verão, abrem as portas até àqueles que não fazem check-in, partilhando as suas comodidades também com quem vive na cidade. Quase sabe a férias: o lobby de hotel, o lufa-lufa das entradas e saídas, o serviço cuidado e as atenções viradas para quem chega, independentemente de se ter feito check-in ou de se ter chegado apenas para passar o dia. Eis quatro brunches onde os mergulhos também estão incluídos. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa  

Fotogaleria: loucos são os outros

Fotogaleria: loucos são os outros

Há noites que ainda não aconteceram, mas sabemo-las especiais, sobretudo pelo que prometem, mas também pelas pessoas envolvidas. Foi o que aconteceu quando, no final de Abril, Alexandre Silva anunciou que ia ter como convidado do LOCO o chef japonês Zaiyu Hasegawa, do DEN, restaurante em Tóquio que ficou em primeiro lugar na lista do 50 Best Restaurants na Ásia e que tem ainda duas estrelas Michelin e uma estrela verde. Sem deixar que estes títulos pesassem, o encontro entre os chefs acontecia pouco depois, a 11 de Maio, motivado apenas pelo objectivo de passar um bom bocado. As expectativas cumpriam-se.  “Se conheces o Alexandre Silva, conheces o Zaiyu”, dizia-nos um dia antes Koji Hanada, cozinheiro do DEN que acompanhou Zaiyu Hasegawa nesta vinda a Portugal e que serviu também como tradutor, já que Zaiyu fala apenas japonês, apesar de compreender algumas coisas em inglês. “Pensam da mesma forma”, garantia. Por coincidência, ou talvez não, nesse dia, ambos os chefs passavam uma mensagem nas t-shirts. Se na de Alexandre se exaltava a necessidade de se semear, na de Zaiyu declarava-se a vontade de ir pescar. “Eles não se preocupam apenas com os produtos, mas com os pescadores, os agricultores, os produtores. É preciso cuidar deles”, acrescentava ainda o jovem cozinheiro, com o aval de ambos. “O Zaiyu é um chef de quem me sinto perto. Tento ter a mesma filosofia. Eu conheci-o há dois dias, mas é um professor de há muitos anos, tenho lido o que diz, o que pensa e o que faz”, co

Listings and reviews (4)

FeelViana Hotel

FeelViana Hotel

O mar fica de um lado, o rio do outro e a montanha é a paisagem de fundo. No novo hotel de Viana do Castelo, há tanto de aventura e desporto, como de tranquilidade e paz. Parece antagónico, mas é mesmo verdade. No FeelViana Hotel, apetece tanto pegar numa bicicleta, ou numa prancha, como ficar na sala, ou no quarto, a ler uma revista. É o melhor dos dois mundos. As praias do Norte têm fama de serem frias e estarem sempre na mira do vento, mas há quem veja nisso uma mais-valia. Para qualquer praticante de kitesurf ou windsurf, a Praia do Cabedelo não é desconhecida. “É uma das melhores”, diz-nos José Sampaio, o CEO do hotel. E sabe do que fala: sempre passou férias na zona para poder exactamente aproveitar o que a praia lhe oferece. Natural de Guimarães, José Sampaio percebeu o potencial da zona e daquele espaço em específico, um pinhal com acesso à praia, mas também perto do rio, da montanha e do centro de Viana do Castelo. “Há melhor?” Na zona não havia, de facto, nada do género e no país, com estas condições, provavelmente também não. Não é de estranhar por isso que desde que abriu portas em Maio, este hotel tenha tido sempre uma taxa de ocupação acima da média na região.

White Exclusive Suites & Villas

White Exclusive Suites & Villas

Verdade seja dita: não há quaisquer fotos que façam justiça ao White Exclusive Suites & Villas. Constatamos isso mal entramos neste novo hotel da ilha de São Miguel. A porta abre-se para nos receber e a primeira coisa que salta à vista é o mar. Umas portas largas em vidro, numa parede de pedra antiga, são o cartão de boas-vindas. De tal forma que nem fazemos o check-in. Pousamos as malas para seguir o caminho do mar e descobrimos então um terraço de suspirar: uma piscina que parece abraçar o Atlântico, espreguiçadeiras e mais sofás. Há nove suites e uma villa, que tem um terraço próprio com um jacuzzi, também ele em cima do mar. Não há quartos iguais, mas todos eles são espaçosos, equipados com uma kitchenette e, mais importante, todos virados para o mar. Os quartos do primeiro andar têm todos varanda, os que ficam em baixo têm um terraço enorme. O nome não é por acaso: todo o hotel – instalado num antigo solar que, raza a história, era uma casa de férias integrada numa propriedade de produção vinícola – é branco.

Taquería Patrón

Taquería Patrón

Chama-se Taquería Patron e abriu em Julho no espaço do antigo Etílico, bar que ficou famoso nos últimos anos pelas festas gay. Carlos Mañe veio de propósito do México para assumir a cozinha da Taquería Patron e a carta é toda da sua responsabilidade e como o nome indica, os tacos são a especialidade. Há de porco, vaca, frango. Ou, devíamos dizer cochinita, lomitos e pollo? Os preços rondam os 8 euros para um prato com três tacos. 

Dolce CampoReal

Dolce CampoReal

Três restaurantes, um bar, um spa, uma piscina interior e outra exterior (com um jacuzzi de água aquecida), um campo de golfe, campos de ténis e de futebol, um espaço de actividades para os miúdos, quartos espaçosos e até apartamentos. Sim, estamos a falar de um hotel de grandes dimensões, propício até a alguma confusão, mas não se assuste já porque há espaço para tudo e todos. “Conseguimos conciliar tudo”, garante Patrícia Silva, marketing manager do hotel, explicando que é habitual receberem grupos durante a semana e casais e famílias ao fim-de-semana.

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Após a grande vitória de Nelson Freitas, a vida continua igual no Fifty Seconds (ou nem tanto)

Após a grande vitória de Nelson Freitas, a vida continua igual no Fifty Seconds (ou nem tanto)

Se os chefs estavam longe de ser estrelas quando Filipe Carvalho começou na cozinha, o mesmo não se pode dizer de Nelson Freitas, quase dez anos mais novo. Não haverá hoje quem entre nas escolas de hotelaria sem a ambição de vir a chefiar um restaurante. “Nós éramos [vistos como] aqueles que não queriam estudar”, ri-se o chef executivo do Fifty Seconds by Martín Berasategui, na Torre Vasco da Gama. Sentado ao seu lado, está o seu junior sous chef e hoje centro de todas as atenções, depois de ter conquistado o concurso mundial San Pellegrino Young Chef Academy 2023. Se, com a glamourização da profissão, já é difícil tantas vezes manter os pés na terra, o que fazer quando se ganha o título de melhor jovem chef do mundo?  Arlei LimaNelson Freitas e Filipe Carvalho “Não é fácil”, admite Nelson. “Eu tenho dito muito isto: se há um mês eu não estava pronto para assumir uma cozinha, não é por levantar o caneco que passo a estar.” Não é sequer essa a ambição, por agora. Há um caminho que precisa de ser feito. “Mas é para isso que ele trabalha, não é?”, responde, rápido, Filipe Carvalho. Os dois trabalham juntos há quatro anos, mas já se tinham cruzado logo no início da carreira de Nelson, quando este estagiou no Vila Joya, o restaurante com duas estrelas Michelin de Dieter Koschina, em Albufeira, onde Filipe trabalhava na altura. “Depois fiz um estágio no Serge Vieira [o chef luso-francês que morreu este ano] e acabei por lá ficar uma época a trabalhar. A seguir, fui para Birmingha

Pode uma marca de beleza transformar o Chá da Tarde do Ritz?

Pode uma marca de beleza transformar o Chá da Tarde do Ritz?

Pode não ser um hábito por cá, mas desde há uns anos que, nos meses mais frios, o Chá da Tarde do Ritz tem proporcionado uma pausa a meio da tarde com todo o requinte que o hotel de cinco estrelas já nos habituou (além de uma selecção de pastelaria de suspirar). Para este Outono/Inverno, a novidade é a parceria com a Guerlain que resultou no chá temático Orchidée Impériale, a última linha da marca de beleza. Diogo Lopes, chef de pastelaria do Ritz, inspirou-se nas cores e propriedades das orquídeas para criar uma selecção limitada de pastelaria. Passando a porta do Ritz, o majestoso salão Almada Negreiros fica em frente. No centro, dezenas de orquídeas embelezam o espaço. Vera Jones, responsável pelo marketing e comunicação da Guerlain em Portugal, percebeu aí a pertinência da sinergia com o Ritz. Por que não recriar um chá partindo daí? A ideia não foi nunca criar um blend ou uma infusão que fosse servido no hotel, mas antes proporcionar um momento, fazendo quase um takeover ao já clássico Chá da Tarde do Ritz. DR/Ritz Four Seasons Para isso, Diogo Lopes, inspirado pela nova linha de produtos de beleza e de cuidados da pele, criou uma série de doces, nunca demasiado doces, que são servidos com o chá (são várias as opções no menu). “Queríamos fazer algo no tom da Orchidée Impériale, à volta dos azuis, mas o azul não é uma cor muito comum na natureza, o que por si só representa um desafio para aquilo que queríamos apresentar”, diz o chef de pastelaria. “Queríamos que fosse a

Vincent Farges chega à Aroeira com um restaurante que quer ser casa

Vincent Farges chega à Aroeira com um restaurante que quer ser casa

Vincent Farges tem uma estrela Michelin no Chiado, mas na Aroeira, na Charneca da Caparica, onde acaba de chegar, não quer usar o nome para chamar clientela, até porque a cozinha que aqui se faz, apesar de toda a exigência, está longe da realidade do Epur. “Eu quero tirar a etiqueta que está colada a mim, que diz que o chef é só estrelas Michelin, é inacessível, só sabe fazer a grande cozinha. Não, eu sou cozinheiro, sei cozinhar. Aqui o objectivo é oferecer uma comida generosa, saborosa, aberta a todos.” Arlei Lima O desejo de ter mais do que o restaurante estrelado existia há muito tempo, mas a oportunidade para abrir este La Villa surgiu no final do ano passado quando conheceu os novos sócios. “Foi um bocadinho amor à primeira vista. O encontro correu muito bem, não só falamos a mesma língua [francesa], como temos a mesma língua em termos de profissionalismo, de exigências e do que queremos em termos de restauração”, conta, revelando que o objectivo, a longo prazo, é continuar a investir na Margem Sul. “Pourquoi pas [Porque não]?”, responde, numa alusão ao nome do grupo, admitindo que Lisboa começa a ficar saturada com tanta oferta. Arlei Lima Na capital, seria até difícil conseguir um espaço como este, uma bonita casa a cinco minutos da praia, com uma esplanada tão grande como a sala interior; tem ainda um bar com grill – onde Vincent espera começar a servir almoços e jantares –, um jardim, uma horta e uma zona para um outro lounge.  Arlei Lima “Quando vim visitar a

Cozinha das Flores: um poiso seguro agora também ao almoço (e até ao pequeno-almoço)

Cozinha das Flores: um poiso seguro agora também ao almoço (e até ao pequeno-almoço)

É em Londres que passa grande parte do tempo, mas nem por isso Nuno Mendes deixa de vir a Portugal, especialmente depois de no início do ano ter aberto a Cozinha das Flores, no Largo de São Domingos. Começou por servir apenas jantares, mas o restaurante está agora aberto todos os dias também ao almoço. Já no bar, Flôr de seu nome, brilham os cocktails de assinatura, mas também a pastelaria de Gil Fortuna e o café de especialidade.  J G MARQUES Foi no Verão que a Cozinha das Flores passou a abrir ao almoço, com uma carta muito semelhante àquela que é servida ao jantar. Mantêm-se os bestsellers da casa, como o surpreendente pastel de nata de nabos com caviar (9€) ou as bolas de Berlim com santola grelhada (8€) nos snacks, e a lula gigante dos Açores fumada com estufado de grão de bico e sames (16€) nas entradas, mas é aqui que se destacam algumas mudanças. Se ao jantar há um carabineiro gentilmente grelhado com açorda e molho das cabeças (22€) nas entradas, ao almoço é possível fazer uma refeição com um arroz do Sado servido caldoso com carabineiro gigante (34€/uma pessoa ou 62€/duas pessoas). Já ao jantar, nos pratos para partilhar, o mesmo arroz caldoso é feito com lavagante azul de Matosinhos (85€). Nas sobremesas, também ao almoço é agora possível provar, por exemplo, aquela que mais curiosidade pode gerar pela sua simples descrição: leite (8€), uma viagem em diferentes texturas à infância do chef, quando trabalhava numa exploração de vacas leiteiras com o pai. J G MARQU

Boubou's Sandwich Club: do fine dining às sandes, Louise Bourrat não tem paragem

Boubou's Sandwich Club: do fine dining às sandes, Louise Bourrat não tem paragem

Não é novidade para ninguém que a pandemia foi um momento transformador para (quase) todos. Na restauração, então, transformador é adjectivo que não chega para descrever tudo o que aconteceu no sector. Ainda assim, nasceram daí ideias e projectos que têm mexido com a cidade, como é o caso deste Boubou's Sandwich Club, que ocupou o lugar do Sujamãos, no Príncipe Real. O nome não esconde o que é: uma casa de sandes pensada por Louise Bourrat do Boubou’s. Arlei Lima “Durante a pandemia, como muitos outros restaurantes, tentámos fazer take-away no Boubou’s. Abrimos a janela durante o almoço e vendemos sanduíches”, conta Louise. “Depois não funcionou muito bem, mas ajudou”, continua a chef, que no ano passado conquistou a 13.ª temporada do programa francês Top Chef.  Se no Boubou’s, apenas umas portas abaixo do outro lado da rua, Louise aposta agora num conceito de fine dining, no Boubou's Sandwich Club tudo é mais descontraído. “Mas é cozinha ainda assim”, faz questão de alertar, deixando claro o foco no trabalho. “As receitas e o conceito ficaram debaixo do braço, até que surgiu a oportunidade com este local. Já estava tudo pronto.” Arlei Lima Louise Bourrat refere-se ao Sujamãos, um pequenino restaurante aberto no Verão de 2021 e que só vendia praticamente sandes de cachaço. O conceito acabou por não vingar, mas a chef aproveitou o espaço, dando-lhe um ar mais cool onde sobressai um amarelo vibrante, para ali dar forma ao seu sandwich club. Há uma pequena esplanada, além d

Três anos de Cura celebram-se com jantares a quatro mãos (só com chefs duas estrelas)

Três anos de Cura celebram-se com jantares a quatro mãos (só com chefs duas estrelas)

Hans Neuner, do Ocean, Ricardo Costa, do The Yeatman, e Henrique Sá Pessoa, do Alma, cada um com duas estrelas Michelin nos seus restaurantes, vão estar esta semana a partilhar palco com Pedro Pena Bastos no Cura. O motivo do encontro galáctico? O terceiro aniversário do restaurante do Ritz. “Este ano celebramos três anos de existência do Cura que valem seis. São três os chefs com duas estrelas Michelin cada, que se juntam à nossa equipa para três noites de jantares a quatro mãos inesquecíveis onde, tal como no nosso menu, pretendemos prestar uma homenagem de Norte a Sul do país”, destaca, em comunicado, o chef do Cura, Pedro Pena Bastos. Vindo do Algarve, o chef austríaco estará no Cura já esta quarta-feira, dia 11, seguindo-se Ricardo Costa, na quinta-feira, 12, chegado de Vila Nova de Gaia. Por fim, na sexta-feira, 13, é a vez de Henrique Sá Pessoa, cujo restaurante não fica muito longe do Ritz, cozinhar com Pena Bastos.  Cada jantar, com oito momentos definidos, terá o custo de 295€ com bebidas incluídas e a reserva atempada é aconselhada, já que são noites irrepetíveis.  “Este trio de jantares será o começo de uma nova fase do Cura, e toda a equipa está muito entusiasmada”, acrescenta, na mesma nota, Pedro Pena Bastos, que conseguiu a primeira estrela para o Ritz no final de 2021.  Para Guilherme Costa, director geral do hotel, “é uma honra para o Cura acolher estes eventos e, sobretudo, proporcionar aos hóspedes a oportunidade de vivenciar uma experiência epicurista tão

O Museu Erótico de Lisboa deu lugar ao Paraíso. É um bar, mas também um sushi bar

O Museu Erótico de Lisboa deu lugar ao Paraíso. É um bar, mas também um sushi bar

Nas paredes mantêm-se as pinturas eróticas de Diogo Muñoz inspiradas em Made in Heaven, a série de fotografias e esculturas de Jeff Koon com a actriz porno Cicciolina. Tudo o resto mudou, incluindo, nome e conceito. No lugar do Museu Erótico de Lisboa – MEL, nasceu o Paraíso. Continua nas mãos do grupo Mainside, responsável, por exemplo, pela Pensão Amor, mas é agora um bar apostado em cocktails de autor e, sem que nada faça adivinhar, um sushi bar com apenas oito lugares. Arlei Lima Não é um speakeasy, nem um restaurante clandestino, mas a inspiração vem daí – e da ideia do que seria o paraíso. “Para mim é o paraíso quando vou a Tóquio a um sushi bar”, comenta Guilherme Spalk, chef executivo do grupo, vindo do Via Graça. A ideia, à partida, parecia não fazer sentido, mas talvez tenha sido isso mesmo a conquistar. “Contra mim falo, mas os restaurantes hoje parecem feitos a régua e esquadro e aqui não trabalhamos assim. Procuramos perceber o que é que não há, o que é que podemos fazer diferente e vemos se pega”, explica. Foi precisamente o que aconteceu com o MEL, que abriu em 2021 e acabaria por fechar meses depois. Por mais arrojado que fosse, o projecto acabou por não resultar. “Tínhamos o espaço, tínhamos estas pinturas, era preciso fazer alguma coisa”, continua Guilherme.  Arlei LimaKousuke Saito A ideia começou por se fazer um sushi bar que escondesse um bar, mas já havia alguns bares speakeasy na cidade. “Já não seria o primeiro”, reforça o chef. “Vamos, então, inve

Numa sala escondida dentro do JNcQUOI Ásia nasceu o Frou Frou, “um bom restaurante chinês”

Numa sala escondida dentro do JNcQUOI Ásia nasceu o Frou Frou, “um bom restaurante chinês”

À entrada, ficamos a saber mais tarde, é Miss Frou Frou quem nos recebe e encaminha para a mais recente aposta do grupo Amorim Luxury: um restaurante escondido dentro de um restaurante, uma espécie de speakeasy que não quer ser um segredo, mas antes um ponto de encontro para quem gosta de comer bem e de fazer a festa à mesa. O Frou Frou não é um clube secreto, mas é neles que se inspira, sem que nada tenha sido deixado ao acaso, como é, aliás, apanágio no JNcQUOI. Da decoração ao menu, todos os detalhes contam.  Francisco Romão PereiraMiss Frou Frou Para aqui chegar, é preciso, primeiro, atravessar a sala principal do JNcQUOI Ásia, quase sempre agitada. Ao fundo, em frente ao bar, uma porta ostentosa, dourada e pesada. Uma vez aberta, o ambiente muda. Sobressaem os tons amarelos e vermelhos, a música é outra. Há mesas recatadas e outras no centro da acção. O menu, ao contrário da linha usada tanto no JNcQUOI Ásia como no Avenida, é grande e cheio de fotos, qual restaurante chinês.   Francisco Romão Pereira “Houve aqui uma necessidade de criar um restaurante autêntico chinês bom. Nós todos adoramos e vamos aos chineses street style, mas aqui procurámos oferecer uma experiência mais sofisticada”, conta Marcela de Mello Breyner, responsável pela comunicação da Luxury Amorim, explicando que “o Frou Frou foi todo desenhado pelo [arquitecto belga] Jean-Philippe Demeyer, inspirado na personagem Miss Frou Frou”. “A ideia é também recriar aquele ambiente dos loucos anos 20, do und

Lisbon’s best pastel de nata has been crowned – here’s where to find it

Lisbon’s best pastel de nata has been crowned – here’s where to find it

The pastel de nata, an egg custard pastry tart, is Portugal’s most famous dessert, and Lisbon is full of patisseries claiming to make the very best one in the country. However, there are so many to choose from, it’s almost impossible to know where to sample this delicacy.  Until now, that is. On Monday September 25, the winner of the Best Pastel De Nata competition was crowned, after the final test took place at the Cook’s Congress in Oeiras. And it was (drum roll, please) Confeitaria da Gloria, a pastry shop in Amadora, that was crowned as the champion for 2023.  The qualifying round took place at the beginning of September, and the final competition was between 12 successful pastry shops.  The winner was decided after a blind taste test was carried out by a panel of judges, which included pastry chefs, bakers, bloggers and writers of cookbooks, as well as representatives from the Portuguese Academy of Gastronomy, and an organiser from the Cook’s Congress. They evaluated the appearance, pastry texture, flavour and consistency and of course, the overall scrumptiousness of each pastel de nata. Photograph: DR Padaria da Né in Damaia came in second place, and O Pãozinho das Marias in Ericeira came in third. The other nine bakeries were from across the Lisbon Metropolitan area, and it sounds like the competition was a pretty tough one to judge.  Virgílio Nogueiro Gomes, the gastronome who awarded the final prize, said that ‘Today, there was no bad pastel de nata.’  However, wha

O melhor pastel de nata é o da Confeitaria da Glória, na Amadora

O melhor pastel de nata é o da Confeitaria da Glória, na Amadora

Num dos mais gulosos concursos gastronómicos do país, foi este ano consagrada a Confeitaria da Glória. É nesta pastelaria da Amadora que se fazem os melhores pastéis de nata da Área Metropolitana de Lisboa. O vencedor do concurso O Melhor Pastel de Nata foi anunciado esta segunda-feira, no Congresso dos Cozinheiros, no Nirvana Studios, em Oeiras, onde aconteceu a prova final. Para chegar ao veredicto, foi feita uma prova cega em que se avaliou o aspecto, o toque da massa, o sabor e consistência da massa, o recheio e, claro, o sabor global. Em segundo lugar ficou a Padaria da Né, na Damaia, e em terceiro a pastelaria O Pãozinho das Marias, na Ericeira. No ano passado, o prémio tinha sido entregue à Casa do Padeiro, na Pontinha. Estavam na corrida 12 finalistas, saídos das provas de apuramento que aconteceram no início deste mês na Manja Marvila. Em competição, além dos três finalistas já mencionados, estavam o Café Ponte da Várzea, em Sintra, a Pastelaria Açúcar Café, em Massamá, a Pastelaria Casa do Padeiro, na Pontinha, a Pastelaria Patyanne, em Castanheira do Ribatejo, a pastelaria 7 Desejos, na Ericeira, e, em Lisboa, a Castro – Atelier de Pastéis de Nata, a Aloma, o Altis Belém Hotel e a Bread & Friends, no Epic Sana Marquês. “Hoje, não há nenhum pastel de nata que seja mau”, disse o gastrónomo Virgílio Nogueiro Gomes, na atribuição do prémio, explicando que é mais difícil eleger o melhor na prova final. Esta foi a primeira vez que a Confeitaria da Glória concorreu, embor

Ljubomir Stanisic celebra 13 anos de Bistro 100 Maneiras a recuperar pratos icónicos

Ljubomir Stanisic celebra 13 anos de Bistro 100 Maneiras a recuperar pratos icónicos

O tempo passa, a família cresce e evolui, mas não deixa de se celebrar o que há para ser celebrado, no caso os 13 anos do Bistro 100 Maneiras, que Ljubomir Stanisic inaugurava em 2010 no Chiado, já depois de ter o 100 Maneiras ali ao lado, no Bairro Alto. Para marcar a data, o chef e a sua equipa regressaram ao passado. Foram buscar alguns dos pratos que mais deram que falar ao longo destes anos e pediram aos clientes e seguidores que elegessem os cinco que gostariam de voltar a provar num menu disponível apenas durante 13 dias. Arlei LimaPitas finas com camarão, espinafres, cogumelos e pancetta Vieiras marinadas com trufas (24€), pitas finas com camarão, espinafres, cogumelos e pancetta (13€), risotto de cogumelos com gamba vermelha do Algarve (38€) e lasanha de lavagante e camarão (43€) foram alguns dos pratos que, ao longo dos anos, foram fazendo sucesso no Bistro 100 Maneiras, mas que acabaram por sair da carta porque é assim também que se faz um restaurante. Até 4 de Outubro, porém, voltam a estar disponíveis, depois de uma votação online que os elegeu como os preferidos. Na sobremesa, vai ser possível voltar a pedir a “tarta de queso", maple syrup e noz-pecã (9€). Arlei LimaRisotto de cogumelos com gamba vermelha do Algarv No Instagram, Ljubomir assinalou a data com uma mensagem a todos os que, com ele, têm feito a história da casa. “Hoje o nosso Bistro 100 Maneiras completa 13 anos de uma existência que se fez de tantos altos e de tantos baixos quantos os de uma vi

Marlene Vieira recebe a eslovena Ana Roš para um jantar a quatro mãos

Marlene Vieira recebe a eslovena Ana Roš para um jantar a quatro mãos

Em pouco mais de um ano, Marlene Vieira tem juntado, na cozinha do seu Marlene, a coqueluche da gastronomia em Portugal. Agora, a chef, sem se deixar intimidar, propõe-se a chamar os nomes que têm dado que falar a nível mundial. E não começa de forma tímida. Ana Roš, que conseguiu a proeza de pôr o mundo a olhar para a Eslovénia e para o seu Hiša Franko, onde tem três estrelas Michelin e uma estrela verde, vai cozinhar com a chef portuguesa no dia 2 de Outubro.  “É um enorme orgulho receber, no Marlene, uma chef e colega com quem me identifico muito, e que conquistou o título de melhor do mundo com a sua criatividade e valorização da natureza, produtos e produtores próximos do Hiša Franko”, refere Marlene Vieira, lembrando que, em 2017, Ana Roš foi considerada a Melhor Chef Feminina do Mundo pelo The World’s 50 Best Restaurants. “É muito gratificante ter a presença da Ana Roš no nosso país para, em conjunto, partilharmos e celebrarmos o melhor dos sabores de Portugal e da estação numa noite que promete ser uma experiência única de comunhão entre as gastronomias e produtos emblemáticos dos dois países”, acrescenta ainda. Sobre o menu, com o preço de 300€ por pessoa (harmonização vínica incluída), pouco se sabe, sendo certo que cada chef trará o seu país à mesa, algo que ambas partilham. Basta lembrar o episódio de Chef’s Table, na Netflix, onde vemos Ana Roš no vale de Soča, no Norte da Eslovénia, onde fica o restaurante, a visitar produtores e a explicar passo