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Raquel Dias da Silva

Raquel Dias da Silva

Na Time Out desde 2018.

raquel.silva@timeout.com

Articles (413)

Dez filmes e séries para ver em família no Halloween

Dez filmes e séries para ver em família no Halloween

Já estava a planear uma sessão de cinema de terror quando se lembrou dos miúdos? Não há problema. Pode sempre apanhar uns sustos menos assustadores: além de não faltar programação especial na televisão, há várias propostas para ver em diferentes plataformas de streaming, como a Disney+ e a Netflix. É à escolha do freguês, mas para não perder muito tempo a decidir tratámos já de fazer uma lista para o ajudar. Só precisa de pôr os miúdos, até os mais medricas, quietinhos no sofá, e tratar das mantas e das pipocas. Recomendado: Treze séries para ver no Halloween

As melhores coisas para fazer com crianças no Halloween em Lisboa

As melhores coisas para fazer com crianças no Halloween em Lisboa

A tendência é recente em Portugal, mas os miúdos já vibram com o Dia das Bruxas. Querem mascarar-se, decorar a casa e ir à caça de doçuras – ou travessuras. Nem pense em fazer-lhes uma desfeita. Se está sem inspiração e não quer andar a bater de porta em porta, aproveite esta lista. Fomos à procura dos melhores programas para fazer com crianças no Halloween em Lisboa (ou relativamente perto) ou, por que não, uns dias antes. Afinal, a preparação é tão importante quanto a festa. Há sugestões para sessões de cinema e de leitura, mistérios para desvendar, trabalhos manuais para fazer... Tudo para um Halloween muito feliz (e um bocadinho aterrador, claro). Recomendado: Fim-de-semana perfeito em família

25 livros de terror para um susto caseiro

25 livros de terror para um susto caseiro

Há cinema de terror, claro, mas também há livros de terror, mais ou menos obscuros. Afinal, um bom susto não precisa necessariamente de imagens em movimento nem de bandas sonoras tenebrosas. Razão por que fomos à procura das melhores obras do género e encontrámos mais de duas mãos cheias de sugestões, desde um romance histórico a uma antologia de banda desenhada, sem esquecer os mais jovens, sempre com o terror como pano de fundo. Recomendamos a companhia de uma luz de presença e de um cobertor, capaz de o proteger dos monstros debaixo da cama. Recomendado: As melhores festas de Halloween em Lisboa

‘Schweik na Segunda Guerra Mundial’ e mais peças de teatro para ver esta semana

‘Schweik na Segunda Guerra Mundial’ e mais peças de teatro para ver esta semana

Renda-se às maravilhas do teatro, com a nova temporada, agora que a silly season já lá vai e o Inverno começa a dar ar de sua graça. Aproveite que a agenda de Lisboa tem, mais uma vez, muitos e bons motivos e garanta lugar cativo nos próximos tempos. Não precisa de ir a todas, mas vale a pena arriscar. Se houver indecisão, é ver uma agora e outra depois. Só não pode é encostar-se à sombra da bananeira: algumas carreiras são curtas e esgotam rápido. Outras são longas e esgotam na mesma. Recomendado: As peças de teatro (e não só) que tem de ver nos próximos meses

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Agora que o calor já se foi e os programas ao ar livre não nos parecem tão atractivos, sobretudo em dias de chuva intensa, aproveite para descobrir as muitas exposições a decorrer em Lisboa este fim-de-semana. É isso mesmo, torne os próximos dias mais culturais – sozinho, com a família ou os amigos (vai tudo atrelado). Com tantos museus e galerias na cidade, é impossível não ter o que ver. Mas não queremos que se perca e, por isso, dizemos-lhe quais as exposições a que deve prestar mais atenção. Só tem de decidir o que lhe apetece descobrir: pintura, fotografia, ilustração, design ou instalações de grande escala. Recomendado: Estas exposições gratuitas em Lisboa valem a visita

Fim-de-semana perfeito em família

Fim-de-semana perfeito em família

O Verão já se foi, agora é a vez do Outono, mas isso não quer dizer que tenha de ficar a anhar em casa (há tantos outros sítios com um tecto onde se pode divertir). Não há razão para deixar de aproveitar ao máximo os fins‑de-semana em família na cidade. Se precisa de entreter as crianças até ficarem sem pilhas e ser hora de voltar para a cama, explore algumas sugestões para encher o sábado e o domingo. Há oficinas, espectáculos e muitas outras propostas para, arriscamos escrever, todos os gostos e feitios. Só tem de escolher como os entreter. E se ficar na dúvida, não nos pergunte a nós: pergunte-lhes a eles. Recomendado: As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

Amadora BD: seis exposições a não perder

Amadora BD: seis exposições a não perder

A Amadora é “a cidade da BD”. Estas palavras lêem-se na parede de um túnel a caminho do Fórum Luís de Camões, que foi durante muitos anos o principal pólo do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora. O que começou por ser apenas mais um salão de banda desenhada é hoje a maior festa de tiras e vinhetas do país, mas entretanto o núcleo duro mudou-se para o antigo Ski Skate Amadora. É lá que se realiza, pelo terceiro consecutivo, a edição deste ano, que arranca a 19 de Outubro e se prolonga até dia 29. “O I Salão de Banda Desenhada realizou-se em 1990, no edifício da Câmara Municipal, com as principais exposições na actual Galeria Artur Bual. Lembro-me que conheci na altura um Manel Cruz [dos Ornatos Violeta] muito novo, vencedor de um dos prémios do concurso de banda desenhada”, recorda Ricardo Blanco, ilustrador e realizador de cinema de animação. Antes, ele próprio apresentara uma proposta à autarquia para um festival. A ideia era expôr jovens talentos e homenagear O Mosquito, o mítico jornal de banda desenhada portuguesa, fundado em 1936 pelo amadorense António Cardoso Lopes, mais conhecido por TioTónio. Mas já havia um projecto em fase adiantada de concretização. Era precisamente esse primeiro salão, que não era suposto repetir-se e onde o editor Rui Brito, da Polvo, também esteve presente. “Participo desde o início com uma banca de fanzines. No segundo ou no terceiro ano, comecei a montar exposições. Lembro-me que numa das edições, já na Fábrica da Cultura, org

Peças de teatro para levar os miúdos

Peças de teatro para levar os miúdos

Há uma infinidade de coisas para fazer com os miúdos em Lisboa durante este mês. Incluindo ir ao teatro. Além de os ensinar a estar atentos e a tirar as suas próprias conclusões, e de lhes apresentar histórias novas, ajuda-os a sossegar (bem sabemos como é difícil convencê-los a estar quietos). Desde a adaptação de clássicos até aventuras novinhas em folha, estas são grandes ideias para gente pequena e decorrem em vários cenários espalhados pela cidade e arredores. Aproveite para tirar os gaiatos de casa antes que estas peças de teatro para toda a família saiam de cena. Recomendado: Fim-de-semana perfeito em família

‘Ensaios de Abril’ e mais seis livros para ler em Outubro

‘Ensaios de Abril’ e mais seis livros para ler em Outubro

Se a energia acumulada em dias e dias de maratona no sofá ou na cadeira do escritório tornou mais difícil o que antes era fácil (sim, estamos a falar de ler), então está na hora de repor os níveis de leitura. Para o convencer, seleccionámos novidades literárias acabadinhas de sair do forno ou ainda em pré-venda: de de ficção literária não-ficção, há revoluções para todos os gostos. Ao todo, são sete títulos sobre movimentos de libertação, os que acontecem na rua e os que acontecem em nós. Lembre-se: ler pede calma e dedicação, mas continua a ser uma das melhores formas de viajar sem sair do sítio. Onde quer que esteja. Recomendado: Linguagem neutra. Queremos respeitar a língua ou as pessoas?

As peças de teatro (e não só) que tem de ver nos próximos meses

As peças de teatro (e não só) que tem de ver nos próximos meses

Não tenha dúvidas: a agenda da cidade está cheia de peças apetecíveis que surgem tanto pela mão de companhias já com provas dadas como à boleia de novos talentos. Para não ficar perdido no meio de tanta oferta, fomos à procura das peças de teatro e de muitos outros espectáculos performativos, desde dança a comédia, que não deve mesmo perder nos próximos meses em Lisboa. Alguns ficam apenas alguns dias em cena, outros esgotam num ápice. O que fazer? Apontar na agenda, comprar o bilhete e garantir o lugar.  Recomendado: As peças de teatro para ver esta semana em Lisboa

As peças de teatro em Lisboa a não perder em Setembro

As peças de teatro em Lisboa a não perder em Setembro

Em Lisboa, não faltam opções para ir ao teatro, muitas delas com preços bem apetecíveis (olá, dia do espectador). Algumas estão tão pouco tempo em cena que, a bem dizer, é preciso correr, que nunca se sabe se (e quando) são repostas. Entre companhias históricas e emergentes, encenadores e actores conhecidos e outros ainda a tentar conquistar lugar, encontra-se um generoso conjunto de peças de teatro. Abra a agenda, tome nota e tire bilhete. Se ficar na dúvida e não tiver tempo para ir a todas, é ir a uma agora e a outra depois, e pelo meio vai vendo como anda de compromissos. Recomendado: As melhores coisas para fazer em Lisboa esta semana

Exposições em Lisboa a não perder nos próximos tempos

Exposições em Lisboa a não perder nos próximos tempos

A agenda cultural em Lisboa continua sem dar sinais de abrandar. Com tantas galerias e museus, às vezes até ao ar livre, é quase impossível não ter o que ver. Nestas próximas semanas há uma série de exposições que merecem o seu olhar atento. Artes plásticas ou exposições documentais? Prefere pintura, desenho ou fotografia? O que se está a fazer de novo ou retrospectivas de artistas de nome consolidado? Não há desculpa para não ir ver o que Lisboa tem para oferecer – até porque pode visitar boa parte das exposições sem gastar um cêntimo. Não acredita? Ora, espreite lá. Recomendado: Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

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Freguesia de Santo António vai nomear um “Jovem Presidente”

Freguesia de Santo António vai nomear um “Jovem Presidente”

Consciencializar para a cidadania activa e a governança partilhada. É a grande missão de “Eu é que sou o Presidente da Junta da Freguesia de Santo António”, o novo projecto que a Junta de Freguesia de Santo António vai promover em colaboração com o Agrupamento de Escolas Passos Manuel. O protocolo foi assinado na quarta-feira, 25 de Outubro. Agora, só falta formar o “Executivo Jovem”, que nomeará “Jovem Presidente” o candidato com mais votos. “Pretende-se com este projecto que os jovens tenham um nível de participação mais activa nas políticas que norteiam a sua freguesia, conferindo-lhes a possibilidade de assumirem um papel de porta-voz desta franja populacional, de serem co-responsáveis pela gestão de um orçamento e de criarem sinergias para concretizar os projectos que idealizaram”, lê-se em nota da Junta de Freguesia sobre a iniciativa. As candidaturas só estão abertas a jovens entre os 12 e os 17 anos, que frequentem, até ao 12.º ano de escolaridade, a Escola Secundária Passos Manuel. Mas o programa terá impacto em toda a freguesia de Santo António, uma vez que o objectivo é incentivar os participantes a agir em prol da população que aí reside. “É desde novos que se deve fomentar o gosto pela cidadania e educar pelo exemplo. Na política também se fazem coisas muito boas”, assegura o presidente Vasco Morgado. + Este Parlamento concede a palavra à geração seguinte + Vida de bairro na nova Time Out Lisboa – já nas bancas

Martim Sousa Tavares convida a “Atravessar o Fogo” no CCB

Martim Sousa Tavares convida a “Atravessar o Fogo” no CCB

A curadoria de Martim Sousa Tavares e a presença de intérpretes reconhecidos no panorama nacional e internacional são os trunfos de “Atravessar o Fogo”, um ciclo de concertos que se estende até Maio do próximo ano e acontece aos sábados, sempre às 22.30, em espaços menos comuns do Centro Cultural de Belém. O próximo sítio a virar palco é o foyer do Grande Auditório, já no dia 4 de Novembro, com a “música em velocidade cruzeiro” do Spindle Ensemble. O quarteto de Bristol vai apresentar as composições de Inkling (eleito um dos dez melhores álbuns de música contemporânea de 2021 pelo diário britânico The Guardian) pela primeira vez fora do Reino Unido, bem como alguns temas do seu álbum de estreia, BEA, e versões recriadas de peças compostas com o ensemble canadiano Evergreen Club Contemporary Gamelan, no ano passado. Segue-se, a 2 de Dezembro, o espectáculo 884 ou piano ao quadrado, do quarteto Kukuruz, com obras de Eastman, Applebaum, Herdon e Kohler. Já em 2024, a 20 de Janeiro, o Echo Collective apresenta o disco Mirror Image; a 24 de Fevereiro, o quarteto de cordas Attaca evoca o álbum REAL LIFE; a 16 de Março, escuta-se música escolhida e improvisada no momento pelo pianista Francesco Tristano; a 20 de Abril, Joana Gama revisita Les Fils des Étoiles, de Erik Satie; e, a 18 de Maio, o quinteto de guitarras eléctricas Go Guitars toca obras de Tenney, Polansky, Vierk e Steve Reich. Centro Cultural de Belém. 4 Nov, 2 Dez, 20 Jan, 24 Fev, 16 Mar, 20 Abr e 18 Mai. 22.30. 30€ + O

“Na Nova Dança, a imaginação é de facto o limite. Essa é uma das suas grandes conquistas”

“Na Nova Dança, a imaginação é de facto o limite. Essa é uma das suas grandes conquistas”

A Fundação Calouste Gulbenkian vai dedicar um ciclo inteiro, programado por um período alargado de mais de três meses, à Nova Dança Portuguesa. Com curadoria de João dos Santos Martins, Ana Bigotte Vieira, Carlos Manuel Oliveira e Ana Dinger, dança não dança – arqueologias da Nova Dança em Portugal reúne dezenas de coreógrafos e artistas contemporâneos para mostrar, em dez sessões agrupadas tematicamente, as diferentes manifestações de dança que reflectem e marcaram o século XX e o início do século XXI. A programação, que se prolonga até Fevereiro do próximo ano, compreende vários eventos – performances, filmes, conversas e conferências –, bem como um livro e uma exposição. O arranque está marcado para 30 de Outubro, às 18.00, com “Os Portugueses não têm corpo”, que inclui em estreia absoluta Almada Negreiros, o bailarino, do coreógrafo e bailarino Luís Guerra, e a obra de Vera Mantero Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois, um solo fortemente baseado na improvisação, que será dançado por Paulina Santos, bailarina da Companhia Nacional de Bailado. No final, haverá conversa entre os coreógrafos e a solista. O ciclo agora apresentado é resultado de uma pesquisa iniciada em 2016, no âmbito de Para uma timeline a haver – genealogias da dança enquanto prática artística em Portugal, um exercício colectivo que procurou sinalizar marcos relativos ao desenvolvimento e à disseminação da dança como prática artística em Portugal entre os séculos XX e XXI. “A pesquisa surgiu d

Parque da Bela Vista volta a receber ovelhas para pastoreio

Parque da Bela Vista volta a receber ovelhas para pastoreio

Controlar a vegetação e reduzir o esforço humano e o consumo de energia associados ao corte tradicional. É esta a missão do rebanho de ovelhas que vamos poder ver pastar no Parque da Bela Vista durante os próximos dez meses. O anúncio foi feito no X (antigo Twitter) por Ângelo Pereira, vereador da Câmara Municipal de Lisboa. O projecto Life Lungs, que procura tornar a cidade mais resiliente às alterações climáticas, arrancou em Setembro de 2019 e estará a funcionar até Agosto de 2024, com co-financiamento da Câmara Municipal de Lisboa e do programa LIFE da União Europeia. É no âmbito deste programa que se vai promover, mais uma vez, o pastoreio de animais no Parque da Bela Vista. Tal como demos conta em Dezembro de 2020, as 23 ovelhas que saíram da Quinta Pedagógica dos Olivais rumo à Bela Vista são os principais activos de uma das acções do projecto Life Lungs: a promoção de “prados de sequeiro biodiversos”, como se definem as culturas que brotam em terrenos não regados, acompanham as estações do ano e fornecem alimento quer às ovelhas quer a insectos polinizadores. A actual acção de pastoreio – que tem como nome oficial “Rebanho de ovelhas como agente urbano não mecânico de controlo de vegetação e conservação do solo” – estará no terreno durante os próximos dez meses. Para acolher os animais, há um ovil, construído em 2020 a partir da remodelação de uma estrutura existente no parque, mesmo ao lado do local onde decorre a pastagem. + Quintas pedagógicas: leve-os ao campo sem

Em Almada, abre-se o pano para a 27.ª Mostra de Teatro

Em Almada, abre-se o pano para a 27.ª Mostra de Teatro

A Mostra de Teatro de Almada está de regresso para a sua 27.ª edição, entre 3 e 30 de Novembro. A programação é composta por 19 criações, apresentadas em 26 sessões por 17 grupos de teatro profissionais e amadores da Grande Lisboa, em nove espaços culturais. Ao teatro juntam-se “momentos privilegiados de encontro, discussão de ideias e troca de experiências”, como se lê em nota sobre a iniciativa. À cena, leva-se uma diversidade de autores. Destaca-se, por exemplo, Diogo Novo, com 100 anos do Parque Mayer. A abrir a programação a 3 de Novembro, às 21.00, no Auditório Fernando Lopes-Graça, celebra o centenário do Parque Mayer com as canções que relembram as mais famosas melodias do teatro de revista e das marchas populares, como Cheira a Lisboa e Esta Lisboa Que Eu Amo. O elenco, que conta com um vasto elenco de cantores e bailarinos, é encabeçado por Rita Ribeiro e António Calvário. Mas há mais. Entre as estreias, por exemplo, temos A/MADA – Gente de Mar, das co-criadoras e intérpretes Susana Quaresma e Martha García, sobre a comunidade piscatória da Costa da Caparica, Fonte da Telha e Barreiro (4-5 Nov, às 16.00, no Auditório Costa da Caparica); Também Tinha Coisas Para Fazer Mas Alguém Tem Que Manter Isto Aberto, uma criação colectiva do Teatro de Areia, que nos fala sobre democracia (17 Nov, às 21.00, no Auditório Fernando Lopes-Graça); e Kokorokocaixa, uma peça sobre dois sem-abrigo, que Paul Maar escreveu em 1972, mas continua extremamente actual (25 Nov, às 16.00, no Te

Longa-metragem de Edgar Pêra leva Fernando Pessoa às ruas de Lisboa

Longa-metragem de Edgar Pêra leva Fernando Pessoa às ruas de Lisboa

A zona do Chiado recebe esta quinta-feira, 26 de Outubro, uma visita inusitada. A propósito da estreia nos cinemas da longa-metragem de Edgar Pêra Não Sou Nada – The Nothingness Club, um grupo de actores caracterizados de Fernando Pessoa vai passear pelas ruas. A iniciativa, que tem concentração marcada para começar n’A Brasileira, a partir das 14.00, irá estender-se ao Rossio e à Rua Augusta e adjacentes. O realizador, que estará presente a filmar, tem périplo previsto pelo país durante os próximos dias. Além de Lisboa, Coimbra, Porto, Guimarães e Vila das Aves são os locais em agenda, desta quarta-feira, 25, até segunda-feira, dia 30. Em Não Sou Nada, Edgar Pêra põe Fernando Pessoa num clube em que os membros são os seus heterónimos. Neste thriller psicológico, que decorre dentro da cabeça do protagonista, Miguel Borges interpreta o poeta, e a entrada em cena de uma mulher sofisticada, muito diferente da Ofélia do mundo real, promete destabilizar o tal Clube do Nada, ao mesmo tempo que o vanguardista Álvaro de Campos disputa a autoridade do seu criador de forma violenta. Além de Borges, o elenco conta com nomes como o de Victoria Guerra, Albano Jerónimo, Vítor Correia, Miguel Nunes, Paulo Pires, António Durães e até o músico Paulo Furtado, mais conhecido como The Legendary Tigerman, que não só entra como actor como é autor de parte da banda-sonora. Desenhado a partir de uma ideia do realizador Edgar Pêra, que assina o argumento com Luísa Costa Gomes, a produção assumida por

Olá, noite, velha amiga. Horário de Inverno volta no domingo

Olá, noite, velha amiga. Horário de Inverno volta no domingo

A mudança da hora acontece no próximo domingo, 28 de Outubro, às 02.00 (passa para a 01.00). Nos Açores, a mudança é à 01.00, com os relógios a atrasar para a meia-noite. Aplicada em plena Primeira Guerra Mundial, para economizar energia e combustível, a ideia de adiantar o relógio uma hora no Verão para aproveitar a luz natural remonta a 1784. O denominado “Daylight Saving Time” foi sugerido pela primeira vez por Benjamin Franklin, numa carta publicada no The Journal of Paris, em que defendeu a rentabilização da hora solar com recurso a cálculos sobre a quantidade de velas que seriam poupadas se todos fossem mais madrugadores. Anos mais tarde, em 1905, o construtor britânico William Willet voltou a sugerir o adiantamento dos relógios, mas foi na Alemanha – e não em Inglaterra – que o horário de Verão foi adoptado pela primeira vez, a 30 de Abril de 1916. Portugal começou a respeitar a mudança de hora nesse mesmo ano, embora tenha interrompido a prática inúmeras vezes. Já o actual regime de mudança da hora é regulado por uma directiva europeia de 2000, segundo a qual todos os anos ocorre a mudança de hora bianual.  Em 2018, a Comissão Europeia propôs a sua revisão, na sequência de uma consulta pública realizada durante o Verão e na qual 84% dos inquiridos afirmaram estar a favor de se acabar com as mudanças de hora sazonais. A posição do governo português quanto à possível abolição do horário bianual tem sido sempre a de manter o regime ainda em vigor. + Cuidado! Há armadilh

Paulo J. Mendes vence prémio de Melhor Obra de BD de Autor Português

Paulo J. Mendes vence prémio de Melhor Obra de BD de Autor Português

A cerimónia de entrega de prémios do Amadora BD realizou-se este domingo, 22 de Outubro, no Núcleo Central do festival, no antigo Ski Skate Amadora Parque. Paulo J. Mendes foi distinguido na categoria Melhor Obra de BD de Autor Português pela novela gráfica Elviro. A obra, editada em 2022 pela Escorpião Azul, leva-nos até uma pitoresca vila costeira, onde se vivem os últimos dias do seu decrépito serviço de eléctricos e um casal de férias acaba por se zangar, à conta da obsessão de uma das partes por veículos de transporte público. Os Prémios de Banda Desenhada da Amadora são uma iniciativa da Câmara Municipal local, que distingue autores de BD nacionais e internacionais, no âmbito do Amadora BD, desde 1990. Em 2023, pelo terceiro ano consecutivo, foi atribuído um prémio pecuniário no valor de 5000€ à Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português. O júri dos Prémios de Banda Desenhada da Amadora foi constituído pelo representante da autarquia, Hugo Pinto, que é crítico literário e especialista em banda desenhada; o investigador e especialista em BD João Ramalho Santos; e o presidente do Clube Português de Banda Desenhada, Paulo Monteiro. Paulo J. Mendes nasceu no Porto em 1965 e frequentou a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, sendo dessa altura os primeiros e toscos esforços em banda desenhada, que publicou no fanzine Comicarte. Chegou a participar também nas primeiras edições do Salão de Banda Desenhada do Porto e em algumas publicações de efémera duração, com

Banda desenhada. O mangusto na horta da Júlia não é um mangusto

Banda desenhada. O mangusto na horta da Júlia não é um mangusto

Júlia tem um enorme problema: destruíram-lhe a horta – que, para dizer a verdade, é só um canteiro – e ela está convencida que o vândalo misterioso é um mangusto. Claro que ela nunca viu nem conhece quem tenha alguma vez visto um, mas ao que tudo indica é uma espécie bastante comum na Península Ibérica. Entre tentar descobrir como se livrar dele e ignorar o que realmente a desassossega, a protagonista perambula pelos pântanos da solidão e do luto, vulnerável aos desencontros familiares e às falhas de comunicação, com a mãe e a amiga Marta, mas sobretudo com o seu irmão, que se mudou lá para casa depois de ter perdido o emprego e a namorada. Só que, no caso de Joel, é o que Júlia não reconhece, a adversidade não o esmorece nem o torna menos empático com o sofrimento dos outros, por mais que ela faça questão de dizer a toda a gente que ele só sabe ficar o dia todo no sofá a jogar videojogos. Joana Mosi já não se lembra quando começou a trabalhar nesta história, mas andou às voltas durante muitos anos até concluir o projecto numa residência artística, na Dinamarca, com o apoio de uma bolsa de criação literária da Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas do Ministério da Cultura. Publicado primeiro no Canadá, em francês pela Pow Pow, e, agora, em edição nacional, O Mangusto (que A Seita edita em papel de qualidade e capa dura, com o preço nos 25€) está nomeado para os prémios do festival Amadora BD como Melhor Obra de BD Portuguesa e poderá vir a sagrar-se vencedor no dom

Antiga Livraria Barata mantém estatuto de “Loja com História”

Antiga Livraria Barata mantém estatuto de “Loja com História”

A histórica livraria da Avenida de Roma tinha uma parceria com a Fnac desde 2020. Este ano, em Agosto, o grupo da insígnia francesa assumiu a gestão integral da Barata, mas as mudanças não foram suficientes para perder o estatuto de “Loja com História”. Após uma nova avaliação por parte dos serviços competentes, a Câmara Municipal de Lisboa decidiu que “continua a cumprir os critérios que lhe conferiram a sua singularidade”. “A sua principal actividade permanece assente na venda de livros, jornais, revistas e papelaria, complementada por um espaço polivalente na cave, destinado ao lançamento de livros e também para pequenos concertos”, lê-se em nota da autarquia, que destaca também a preservação dos elementos decorativos tradicionais, como o pavimento em calçada portuguesa, “mantendo a autenticidade e o charme” do local. Fundada em 1957, a Livraria Barata é considerada um espaço de resistência desde a sua génese, ou não tivesse sido ponto de venda de livros proibidos durante a ditadura. Essa ousadia valeu ao fundador visitas regulares da PIDE e até algumas detenções, mas António Barata acreditava na importância da leitura e do livre pensar. José Rodrigues, que casou com a filha de Barata, tentou honrar o legado do sogro, e lutou para não encerrar portas mesmo durante a pandemia, altura em que pôs a funcionar um serviço de entrega de livros em casa. Os actuais responsáveis garantem querer preservar e honrar essa herança. + Cuidado! Há armadilhas para turistas na nova edição do

Gabriela Ruivo é “embaixadora” da língua portuguesa em Londres

Gabriela Ruivo é “embaixadora” da língua portuguesa em Londres

Gabriela Ruivo estava ainda na 4.ª classe quando ouviu pela primeira vez As Aventuras de João Sem Medo, de José Gomes Ferreira. “É uma referência para a vida. Ainda bem que, naquele tempo, não havia esta preocupação excessiva com o que as crianças podem ou não ler, porque de facto não é para crianças, mas há 40 anos foi lido, por uma professora, numa sala de uma escola primária, a primeira cooperativa de ensino depois do 25 de Abril”, conta-nos a autora, à conversa na Tantos Livros, Livreiros, na Avenida Marquês de Tomar. “Um prodígio da imaginação”, afiança. “Foi a ouvir essas histórias que também eu quis começar a escrever.” O seu novo romance, Lei da Gravidade, chega dez anos depois do primeiro, Uma Outra Voz, com o qual venceu o Prémio LeYa de 2013. A viver em Londres desde 2004, veio a Portugal de propósito para o apresentar e aproveitou para nos falar da importância de promover, também no estrangeiro, a literatura em língua portuguesa. “É engraçado que, na apresentação em Lisboa [na Fnac da Avenida de Roma, na antiga Livraria Barata], estava lá a minha professora e até vários colegas dessa altura”, partilha. “Sempre tive livros em casa e comecei a ler cedo, mas conheço escritores sem essa experiência. Tem de haver maneira de as crianças e os jovens se virarem de alguma forma para os livros. Claro que também é verdade que, se calhar, lia livros que não eram muito apropriados para a minha idade. Eça de Queiroz aos dez, 12 anos anos. Até acho que faz bem, termos contacto c

Entre a inércia e a rua, há uma heroína trágica a convocar-nos

Entre a inércia e a rua, há uma heroína trágica a convocar-nos

Não há cenário – não como o imaginámos –, e a intérprete – Tânia Alves, que co-assina a criação – encontra-se presa no seu próprio corpo, amorfo, mas ainda, de certa forma, de alguma forma, a resistir. “Eu estou aqui… porque eu não quero desaparecer como vocês”, diz esta heroína da tragédia grega que não é grega, mas sabe que não pode hesitar perante o fatal desígnio, como se lê na folha de sala de Um nó apertado. Com texto original de Lígia Soares e encenação de Marta Lapa, a 75.ª peça da Escola de Mulheres – uma co-produção com o Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, onde teve estreia absoluta a 20 de Outubro – apresenta-se em Lisboa, de 25 de Outubro a 5 de Novembro, na sala de teatro do Clube Estefânia. Trata-se de um inédito inspirado na figura das “mulheres trágicas”, como Hécuba e Cassandra, e insere-se no actual ciclo de programação, que se centra numa revisitação dos “clássicos [da Antiguidade]”, tal como aconteceu com o espectáculo de David Pereira Bastos dirty shoes don’t go to heaven, a partir de Eurípides e Sófocles, estreado em Junho deste ano. O esclarecimento é de Marta Lapa, com quem nos sentamos à conversa depois de um ensaio. “Como é hábito, desafiamos todos os anos grandes autores a escreverem para mim”, revela a encenadora, referindo ainda as duas temáticas em torno das quais se tem pensado a oferta: a memória, que é o eixo central para os próximos anos, e os textos trágicos, que foram, como já apontado, o foco em 2023. Escrever sobre as heroínas trág